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Brasil terá 2 milhões de advogados em 2023

Brasil é 3º maior do mundo em advogados e o rápido crescimento aponta que em 2023 serão 2 milhões. São quase 2 mil faculdades de Direito no país. Qual a perspectiva para...
2 milhões de advogados no Brasil em 2023

O Brasil é o 3º maior do mundo em advogados e o rápido crescimento aponta que em 2023 serão 2 milhões. São quase 2 mil faculdades de Direito no país. Qual a perspectiva para os profissionais da advocacia diante de um mercado considerado saturado. Como estão as oportunidades diante de tantos desafios? Neste artigo, tentamos explorar esses aspectos que, em princípio, parecem preocupantes para quem entra neste mercado. Acompanhe!

Os dados: mais de um milhão de advogados inscritos na OAB

Em 2019, o Brasil tinha mais de um milhão de advogados inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e um advogado para cada 170 brasileiros, segundo dados do Conselho Federal da OAB. Com esses números, ocupava a terceira colocação na lista de países com o maior número de profissionais do mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e da Índia. Tudo indica que, em 2023, esse número deverá ser de 2 milhões de advogados.

Só para constar, o Brasil possui mais de 1.755 faculdades de Direito, conforme informações do MEC em 220. Paralelo a isso, os advogados de hoje enfrentam um dos mercados de trabalho mais concorridos da história. Números recordes de empregos foram cortados no mundo todo e os salários despencaram, mas as faculdades de direito não estão diminuindo as matrículas.

Quais são os desafios que esses profissionais enfrentam? Para onde vão todos os advogados? Como lidar com a concorrência?

Então, para onde vão todos os advogados?

No mundo todo, os lucros estão diminuindo, muitos escritórios de advocacia acostumados ao sucesso estão entrando em crise. Paralelo a isso, milhares de advogados continuam entrando no mercado. O que se percebe é que jovens advogados são ameaçados por tempos difíceis com salários cada vez menores.

De fato, a aura do advogado empresarial excessivamente caro, está desaparecendo, visto que a pressão nas margens limita os lucros dos sócios. Jovens advogados que acabaram de obter sua licença para exercer a advocacia precisam examinar cada vez mais de perto onde podem agregar valor. E, para além disso, um advogado de sucesso hoje, tem que entender o direito como um produto e antecipar os desejos do cliente.

Mercado concorrido e pressão cada vez maior

Sem dúvidas, os escritórios de advocacia se deparam com um paradoxo: há menos negócios que pagam ainda menos e cada vez mais são feitos por prestadores de serviços mais baratos. E há legiões de advogados. Prazos, pressões de cobrança, demandas de clientes, longas horas, mudanças nas leis e outras demandas se combinam para tornar a prática da advocacia um dos trabalhos mais estressantes que existem.

Acrescente a isso pressões crescentes, tecnologias jurídicas em evolução, não é de admirar que os advogados estejam estressados. Recentemente publicamos um post sobre o burnout e a carreira jurídica. O estresse e as exigências do exercício da advocacia alimentam altos níveis de insatisfação profissional.

Por tudo isso, o mundo jurídico de amanhã, com certeza, exige preparação. Na verdade, os clientes não estarão dispostos a pagar caros consultores jurídicos por trabalhos que podem ser feitos por pessoas menos experientes, com o apoio de sistemas inteligentes e processos padronizados. Embora essa previsão não indique necessariamente o fim dos advogados, certamente haverá menos demanda por advogados tradicionais.

Ao mesmo tempo, o papel assumido pelos novos sistemas e processos que agora estão no centro do mundo do Direito, oferece aos advogados com suficiente flexibilidade e com espírito empreendedor, novos e estimulantes postos de trabalho, permitindo-lhes adaptar-se às condições de mudança do mercado.

Qual o perfil do advogado que vai se destacar no futuro?

Na perspectiva mais otimista, o que pode-se observar é que se há advogados em excesso, também há novas oportunidades. Os advogados do futuro não apenas entregarão excelência em processos jurídicos, mas também se tornarão consultores de negócios, confortáveis ​​com tecnologia e capazes de trabalhar de forma colaborativa com equipes internas de suas empresas clientes.

Os advogados do futuro, dentro desta nova economia jurídica, serão mais especializados e apoiarão e adotarão as novas tecnologias. Por fim, os próprios advogados dada a combinação de conhecimento em sua área, criatividade e tecnologia poderão criar novas oportunidades e se posicionar por meio de uma abordagem mais consultiva e utilizando dados e análises para criar sua própria proposta de valor.

Se formos ainda mais adiante, pode-se observar claramente que o impacto da própria tecnologia suscita questões jurídicas novas e importantes para as quais os advogados sempre serão requisitados.

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