Uma recente pesquisa da Thomson Reuters revela que um número significativo de advogados com carreiras de destaque no mundo desejam trabalhar menos horas e ter menos responsabilidades não faturáveis. Saiba mais!
Advogados com carreiras promissoras desejam trabalhar menos horas
Quase um em cada três advogados que se destacam em suas carreiras jurídicas preferem trabalhar menos horas, segundo as conclusões da Pesquisa de Semestre de Ano de 2021 de Desempenho Estelar: Competências e Progressões da Thomson Reuters. O relatório pesquisou cerca de 1.200 advogados de destaque em mais de 50 países.
Deste total, 30% dos advogados entrevistados disseram que gostariam de trabalhar menos horas.
Por outro lado, a maioria dos seus colegas (53%) afirmou estar satisfeita com o total de horas de trabalho. Apenas 17% desejam trabalhar mais horas. No total, a carga de trabalho média desejada representa 50 horas a menos por advogado, uma pequena redução, visto que a carga de trabalho anual média costuma ultrapassar 2.000 horas faturáveis.
Advogados mais jovens são os mais interessados em reduzir as horas de trabalho
A pesquisa aponta que o desejo de trabalhar por menos horas seja mais forte entre os advogados mais jovens, especialmente aqueles com menos de 40 anos. A preferência também é liderado por mulheres, que atualmente trabalham cerca de 100 horas a mais em média do que seus colegas homens, o que equivale a mais de 5% das horas adicionais.
Os advogados com mais de 60 anos, por sua vez, não estão preocupados em trabalhar menos horas por ano, mas gostariam de reduzir as horas não faturáveis.
Advogados e horas não faturáveis
Em termos de atividades não faturáveis, o relatório aponta um descompasso entre as responsabilidades dos advogados e o que eles acham que fariam no que tange ao melhor uso das habilidades, experiência e interesses.
Apenas 2% dos advogados pesquisados estão completamente satisfeitos com seu conjunto atual de atividades não faturáveis. Os advogados não apenas desejam reduzir seu número médio de responsabilidades não faturáveis de 10,4 para 8,5. Mas os advogados, em média, gostariam de abandonar responsabilidades atuais, tais como:
- recrutamento e desenvolvimento de talentos
- atividades de marketing, em particular.
Isso acontece, porque o relatório afirma que muitas empresas “acreditam erroneamente que usar advogados nessas tarefas é, de certa forma, gratuito”. Por outro lado, os dados também revelam que se as empresas permitirem que os advogados se concentrassem em mais em suas áreas de interesse, isso proporcionará um maior senso de confiança e autonomia, levando a uma força de trabalho mais engajada e produtiva.
O papel da tecnologia jurídica
Por fim, o relatório aponta que a tecnologia jurídica pode desempenhar um papel importante no aprimoramento da capacidade dos advogados de gerenciar suas tarefas. Seguindo essa mesma linha, os advogados disseram que as novas ferramentas de automação devem ser a prioridade número um de seus escritórios para investimento em tecnologia. No entanto, os advogados também acreditam que as empresas não estão fazendo o suficiente para otimizar o retorno sobre os investimentos em tecnologia que já fizeram.
Ainda de acordo com o relatório, as empresas precisam considerar como as atitudes dos advogados estão mudando em questões como carga de trabalho e desenvolvimento de carreira, e como a tecnologia pode melhorar esses e outros fatores. Otimizá-los pode gerar dividendos enormes para as empresas, aumentando a produtividade, reduzindo a rotatividade e melhorando o desempenho geral da empresa.