Em 2025, a gestão de contratos deixará de ser vista apenas como uma ferramenta de eficiência operacional e segurança jurídica. As mudanças no comportamento do consumidor, a intensificação de novas regulamentações e a crescente valorização da sustentabilidade trarão para o centro das atenções a necessidade de gestão estratégica de contratos.
Empresas que incorporarem princípios de sustentabilidade, que estiverem atentas ao compliance e que priorizarem a experiência do cliente terão vantagem competitiva e conquistarão mais credibilidade no mercado.
Este texto aprofunda os principais direcionadores dessa transformação e explica por que essas tendências serão cada vez mais relevantes para organizações de todos os portes e setores.
Leia também: Gestão de contratos – o que é, etapas e benefícios
Tendência 1: Sustentabilidade nos contratos
A agenda de sustentabilidade ganhou força na última década, e, em 2025, será praticamente impossível ignorá-la. De acordo com dados do Global Sustainability Report, mais de 70% dos consumidores entrevistados afirmam que consideram práticas sustentáveis ao escolher produtos e serviços. Isso se reflete diretamente na forma de celebrar e gerenciar contratos.
Cláusulas sustentáveis
Empresas estão incorporando metas ambientais específicas em suas cláusulas contratuais, incluindo redução na emissão de carbono, uso de materiais recicláveis e logística reversa. Essas obrigações sustentáveis tornam-se passíveis de auditoria interna e externa, garantindo que haja mecanismos de verificação do cumprimento das metas estipuladas.
Relatórios de impacto
Contratos de maior relevância ou valor podem demandar a elaboração de relatórios periódicos, mensurando indicadores de desempenho (KPIs) ambientais e sociais. Esses relatórios incluem métricas como consumo de água, energia limpa e índice de reciclagem, garantindo mais transparência e accountability.
Parcerias verdes
As exigências ambientais nos contratos podem restringir o leque de fornecedores, filtrando apenas aqueles que também atendam a requisitos de ESG (Environmental, Social and Governance). A formação de “ecossistemas verdes” fortalece a reputação das empresas, reduz riscos reputacionais e consolida a imagem de responsabilidade corporativa.
Ao inserir a sustentabilidade como parâmetro contratual, as organizações não só contribuem para um futuro mais equilibrado, mas também ganham market share ao atrair consumidores e investidores cada vez mais exigentes em relação a práticas socioambientais.
Tendência 2: Compliance e regulamentações
O cenário regulatório, tanto local quanto internacional, está se tornando mais complexo e dinâmico. Leis de proteção de dados, diretrizes antitruste e regulamentações específicas de setores (financeiro, saúde, energético etc.) elevam a responsabilidade jurídica das empresas. Em 2025, o compliance será um desafio diário, exigindo:
Monitoramento legislativo em tempo real
Plataformas de inteligência artificial e sistemas de busca automática de novas leis permitirão que contratos sejam atualizados com agilidade. A adoção de ferramentas de smart contracts (baseadas em blockchain) tende a reduzir o risco de erros na adequação às novas legislações.
Transparência e rastreabilidade
As soluções de gestão de contratos estarão integradas a plataformas de ERP (Enterprise Resource Planning), CRM (Customer Relationship Management) e sistemas jurídicos, garantindo histórico e rastreamento de alterações. Auditorias tornam-se menos onerosas, pois a documentação fica centralizada e em conformidade com padrões legais, evitando multas e litígios.
Auditorias automatizadas
Relatórios em tempo real e sistemas de alerta identificam inconformidades ou prazos próximos de expirar, dando oportunidade de correções preventivas. O uso de machine learning melhora a previsão de possíveis falhas e sugere adequações antes que os problemas se tornem críticos.
Conforme dados da consultoria Gartner, até 2025, ao menos 60% das grandes empresas terão plataformas de gestão de contratos com módulos de compliance automatizado. Isso reforça a importância estratégica de se investir em tecnologia e processos internos para evitar riscos financeiros e reputacionais.
Tendência 3: Foco na experiência do cliente
A disputa por clientes está cada vez mais acirrada, e, nesse cenário, a forma como se gerencia contratos pode ser decisiva. O consumidor não quer apenas assinar um documento: ele busca transparência, praticidade e rapidez. Alguns fatores-chave para garantir uma customer experience diferenciada são:
Portais self-service
Plataformas que permitem ao cliente gerar e gerenciar seus contratos de forma autônoma e intuitiva, reduzindo a dependência de intermediários. O cliente tem acesso a um painel com o histórico de contratos, status de assinaturas, prazos de renovação e outras informações relevantes.
Assinatura digital
A eliminação do papel e a automação de fluxos de assinatura tornam o processo muito mais rápido, sustentável e seguro. Além de reduzir custos de impressão e logística, a assinatura digital atende às exigências de agilidade e mobilidade do consumidor moderno.
Comunicação transparente
Alertas automáticos via e-mail ou aplicativos de mensagem informam sobre prazos, renovações contratuais e atualizações de cláusulas. Com isso, o cliente não se sente “surpreendido” por alterações ou vencimentos, aumentando a confiança e a taxa de retenção.
Uma pesquisa da PwC indica que 73% dos consumidores consideram a experiência do cliente um fator decisivo na hora de fechar negócio. Logo, empresas que investirem nessa jornada de forma clara e eficiente colherão resultados em satisfação e fidelização, construindo relacionamentos duradouros.
Conclusão
O ano de 2025 representará um marco para a gestão de contratos, com sustentabilidade, compliance e experiência do cliente como os três pilares estratégicos para qualquer organização que almeje relevância e competitividade. A incorporação desses elementos demanda planejamento, adoção de tecnologias emergentes e um compromisso genuíno em atender às expectativas de clientes, investidores, colaboradores e da sociedade em geral.
Quem souber se antecipar e implementar soluções inovadoras de gestão de contratos terá maior resiliência às mudanças de mercado, evitará problemas jurídicos e promoverá uma cultura corporativa alinhada aos princípios da sustentabilidade. Em última análise, os contratos deixam de ser meros documentos e se tornam instrumentos de valor, capazes de sustentar relacionamentos sólidos e promover impacto positivo no ecossistema de negócios.
Quer saber como o Adoc pode ajudar sua empresa a se preparar para o futuro? Agende uma demonstração gratuita.